domingo, 3 de abril de 2011

FORTALEZA - CEBs LANÇAM CAMPANHA DE AUTO-SUSTENTAÇÃO

" Pe. José Comblin é o patrono da campanha. Ele foi  um grande defensor da idéia da autonomia das CEBs".

CEBs de Fortaleza na luta por justiça
As Comunidades Eclesiais de Base da Arquidiocese de Fortaleza realizam a  Campanha de Auto-Sustentação  das CEBs que será lançada hoje, ocasião em que se celebra a missa de  7º dia de falecimento do Padre José Comblin, escolhido pelas CEBs como patrono da campanha.   
Serão trabalhadas duas frentes de ação na campanha, o  “Livro de Ouro”,  como  uma maneira de contemplar a generosidade de apoiadores esporádicos, e os "contribuintes permanentes", que poderão ultilizar carnês para depósitos  na Caixa Econômica Federal - Conta Poupança  nº 42175-1, Ag.: 2183, sob os cuidados de Raimunda Nonata dos Santos  e José Airton de Maria.
  
“Serão abordados tanto simpatizantes da luta e da causa das CEBs , que no entanto não se envolvem pessoalmente, apenas querem apoiar, quanto os próprios  agentes de pastoral, lideranças comunitárias, assessores, sacerdotes, casais etc. que fazem parte da Igreja-CEBs e que têm condições para manter vivo o jeito de ser Igreja em que acreditam”, disse Carlo Tursi da Coordenação Arquidiocesana  das CEBs



E d i t a l

Irmãos e Irmãs de Caminhada, integrantes e simpatizantes
das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) de Fortaleza:

P a z e B e m !

Lançamos, neste 4º Domingo da Quaresma de 2011, a Campanha de Auto-Sustentação das CEBs na Arquidiocese de Fortaleza, sinal da conquista da maturidade em nosso caminhar histórico. Escolhemos como patrono da campanha o Pe. José Comblin cuja ida ao Pai, há uma semana, celebramos hoje. Foi ele um grande defensor da idéia da autonomia das CEBs.

Quem decidir inscrever seu nome neste “Livro de Ouro”, deve saber que estará apoiando
  •  Uma grande rede de pequenas comunidades fraternas católico-ecumênicas, nas periferias de Fortaleza e nos Interiores da Arquidiocese, em seu esforço heróico de serem sinais de esperança cristã e espaços de vivência dos grandes valores evangélicos no mundo dos pobres e esquecidos pela sociedade;
  •  As formas de vida eclesial peculiares destas comunidades: suas assembléias anuais, seus retiros, novenas e vigílias, os estudos bíblicos contínuos, construção e manutenção de salões comunitários e capelas, a organização de sua catequese, a infância missionária, as missões populares, celebrações da Palavra e da Eucaristia, a participação nos grandes encontros nacionais (“Intereclesial”) e regionais (“Nordestão”);
  •  As inúmeras atividades caridosas e serviços humanitários gratuitos que nestas comunidades se desenvolvem, tais como atendimento a crianças subnutridas, mutirões de construção ou conserto de casas para pessoas desassistidas, alfabetização de adultos, reforço escolar, mutirões de limpeza, reuniões de conscientização com operários e com catadores de material reciclável, grupos de mulheres, farmácias comunitárias, massoterapia, grupos de teatro e de capoeira, visitas a doentes e a presos;
  •  Os valores que este jeito próprio de ser Igreja vive e defende: a circularidade eclesial como modelo apostólico autêntico de comunhão, a igualdade de valor entre os muitos ministérios eclesiais, o caráter libertador da Palavra Sagrada e da pessoa de Jesus que impele para a ação sócio-político transformadora nas realidades seculares, preferencialmente entre os mais necessitados, a certeza de que o Reinado de Deus não começa senão aqui e agora, em meio às pessoas de boa vontade; a oração e comunhão eucarística como reabastecimento espiritual na luta por um mundo melhor.

Fortaleza, 03 de abril de 2011