
Elas sempre estarão vivas, em um dinamismo subterrâneo em que a seiva continua correndo e produzindo vida, a qual porém não é visível se não na vida da planta que cresce vigorosa. Apesar de vilipendiadas pelos que querem um cristianismo baseado no subjetivismo e num espiritualismo desencarnado, essas comunidades dão visibilidade a opção preferencial pelos pobres, ensinada repetidas vezes nos documentos eclesiais, mas tão esquecida pela imensa maioria dos católicos/as, que hoje estão mais preocupados com uma pretensa satisfação pessoal, quase como que uma terapia emocional, do que com a imensa maioria de excluídos/as da sociedade, frutos de um sistema político e econômico selvagem e desumano. Mas quem questiona isso nas pregações e homilias? Acho que o meu amigo Carlos Jardel, articulador das Cebs em nossa diocese, tem razão quando afirma que as proféticas pedras já sinalizam, por falta de quem ouse tocar em assuntos tão delicados.
Estamos vivendo um avanço ou um retrocesso em nossa maneira de evangelizar? Que face de Cristo estamos mostrando para a humanidade? Estamos sendo uma Igreja pautada numa pastoral de conservação ou de evangelização, como nos recomenda a Conferência de Aparecida? A constatação do saudoso Papa João XXIII se encaixa perfeitamente nesse contexto: “A Igreja está com cheiro de mofo. Precisamos abrir suas portas e janelas para que ela entre de ar novo no mundo”. Mofo de conservadorismos que obscurecem a fé, de discursos incapazes de tocar a realidade humana, de modelos piramidais e hierarcológicos que descaracterizam e inviabilizam o projeto de Jesus Cristo, enfim de uma fé puramente ligada ao templo e ao ritualismo de cerimônias frias e cansativas completamente distantes do Cristo que sofre nas periferias das pequenas e grandes cidades. Nós leigos/as, nos tornamos meros receptores de sacramentos e nos esqueçemos que nós mesmos devemos ser um sacramento vivo de Deus, sinais da Graça de Deus principalmente para os que vivem a margem da sociedade.
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