terça-feira, 17 de maio de 2011

CRATO - POR UMA IGREJA TODA MISSIONÁRIA

Não há vida sem missão! Esta certeza nos fortalece diante dos novos desafios para vivência da missão em nossas comunidades paroquiais. O Documento de Aparecida nos convida a reafirmar a novidade do Evangelho, criando condições favoráveis em nossas comunidades para o encontro com a pessoa de Jesus, despertando-as para o discipulado e para a missionariedade. Diante disso não podemos nos equivocar quanto aos protagonistas, ao conteúdo, ao método e aos destinatários do anúncio missionário.
A missão não é privilégio de poucos, mas uma necessidade para todos os cristãos. Ela não é uma alternativa ou opção pastoral, muito menos uma moda ou meta a ser alcançada. A missão é a essência da Igreja, o chão das nossas comunidades, o caminho inevitável que todo cristão, consciente de sua própria vocação, abraça com disposição e ardor. Desse modo, a Igreja não escolhe ser missionária. Ela necessariamente é toda missionária, caso contrário alienaria sua própria identidade.
O que a Igreja deve anunciar? De antemão compreendamos que a Igreja não é anunciadora de si mesma. Ao participar da missão de Jesus lhe cabe anunciar o Reino que se concretiza na valorização da vida, por isso seus projetos e atividades pastorais devem ser uma proclamação do próprio Cristo que não dá testemunho de si mesmo, mas daquele que o enviou.
Qual o método a ser utilizado na missão? Cada realidade missionária precisa ser respeitada como tal. No entanto, não podemos nos desviar do método utilizado por Jesus apresentado nas parábolas do semeador, do filho pródigo, da ovelha perdida, e mais especificamente no encontro de Jesus com os dois discípulos de João Batista e no relato dos discípulos de Emaús.
Quais são os destinatários da missão? É evidente que a Igreja, como Cristo, não deve fazer acepção de pessoas. O semeador não escolheu onde lançar as sementes mesmo com a inadequação de alguns terrenos. Sua missão era semear. Desse mesmo modo, como testemunha São Paulo, está reservada à Igreja anunciar o Evangelho a todos os povos até os confins do mundo.
Com o intuito de reafirmar o dinamismo missionário da nossa diocese, da sua paróquia – rede de comunidades – e em vista da eficácia do XIII Intereclesial das Comunidades Eclesiais-CEBs e da celebração jubilosa do Centenário da Diocese de Crato em 2014, queremos dispor da sua participação, como interessado imediato, na criação, motivação e articulação dos Conselhos Missionários Paroquiais-COMIPAs. O COMIPA não deve ser confundido com mais uma pastoral ou movimento ou um peso na estrutura da paróquia.
Considerando que a missão é a razão de ser da Igreja e, consequentemente, da sua paróquia, cabe ao COMIPA agir de modo transversal, englobante, participativo, envolvente. Sua principal tarefa é suscitar o dinamismo missionário em sintonia com o Conselho Missionário Diocesano-COMIDI, envolvendo comunidades, pastorais e movimentos. Por isso os seus membros precisam estar envolvidos com a vida da paróquia, serem testemunhas do que acreditam e seguem, disporem de tempo para os encontros de formação, que devem acontecer pelo menos quinzenalmente, para as vivências espirituais, visitas missionárias, articulação dos Conselhos Missionários das Comunidades-COMICs e outras atividades que respondam às necessidades missionárias da paróquia.
Sua natureza não é apenas executiva – realizar atividades –, mas representativa, consultiva e articuladora da missão na paróquia. Neste sentido, o primeiro responsável pelo COMIPA é o pároco. Sua atuação é indispensável para que a paróquia cresça em sua consciência missionária. Também é ele quem indica o coordenador do COMIPA. Os demais membros são: um ou dois representantes das comunidades; representantes dos grupos, movimentos ou outras instâncias ligadas à missão (Infância e Adolescência Missionária, Juventude Missionária, Santas Missões Populares, Círculos Bíblicos, Congregações Religiosas); representante da Pastoral Familiar; representante da Catequese e outros que convier à paróquia. As paróquias que já formaram o COMIPA com estrutura similar considerem e valorizem o que já foi organizado, porém, reestruturando o que for necessário. As que não criaram ainda o COMIPA compreenda esta iniciativa como uma necessidade pastoral conforme o modo como se organiza atualmente a Diocese de Crato.
Meus irmãos no sacerdócio ministerial, Deus continua acreditando em nós, em nosso ministério, em nossa disposição pastoral, por isso, ajudemos a construir um verdadeiro rosto missionário para a Igreja Diocesana de Crato.

Cristo, Missionário do Pai, nos ilumine!

Pe Antonio Aldizio Nunes - Conselho Missionário Diocesano - Crato, Ce.

Enviada por email José Batista (CEBs de Juazeiro) -  assuntosdiversosbatista@gmail.com