Roberto Malvezzi, Gogó
Agente Pastoral da Comissão Pastoral da Terra
Combatida no mundo inteiro, recuou nos países da Europa, sobretudo depois do acidente de Chernobyl, onde a nuvem radioativa, além de fazer uma tragédia na região, ameaçou pairar sobre a Europa. No Brasil tivemos a dimensão do que seja com o simples fato de uma família de recicladores se encantar com um objeto luminoso em Goiânia, contaminando a si mesma e a região ao seu redor.
Temos ainda a experiência desastrosa das duas usinas atômicas de Angra dos Reis. Com muito custo, pouca utilização e ameaças constantes pela instabilidade da própria obra de engenharia, as usinas já serão desmontadas por esgotarem o prazo de validade de aproximadamente 40 anos. Os rejeitos, fruto do "descomissionamento” – desligamento, desmontagem e armazenamento -, continuarão radiativos por aproximadamente mil anos.
As águas subterrâneas de Caetité, Bahia, onde estão nossas jazidas de Urânio, estão contaminadas por radioatividade.
Agora o governo fala em construir pelo menos 50 usinas atômicas no Brasil, claro, começando pelo rio São Francisco. Certamente nosso Velho Chico é mesmo a lixeira do Brasil. O lugar ideal seria Belém do São Francisco, divisa do Submédio São Francisco com o Baixo, próximo às antigas cachoeiras de Paulo Afonso. O argumento é que ali existem poucas pessoas (sic!), que já existe uma rede de distribuição de energia instalada e, claro, tem as águas do São Francisco. Além do mais, está próximo do Raso da Catarina, uma região pouco habitada, onde só Lampião sabia viver, considerada ideal como depósito de rejeitos.
Particularmente sou favorável a construção de nucleares, desde que a primeira seja feita na Praça da Sé, São Paulo. A segunda na praia de Ipanema, Rio de Janeiro. E a terceira, evidentemente, na Praça dos Três Poderes, Brasília. Se ali for seguro, então é seguro para o resto do Brasil.
FONTE: ADITAL
Agente Pastoral da Comissão Pastoral da Terra
O governo Lula, agora Dilma, realmente decidiu arrancar dos porões da ditadura militar suas principais obras. Além da transposição do São Francisco, barragens e outras grandes obras de infraestrutura, agora ressuscita o desenvolvimento da energia nuclear no Brasil.
Combatida no mundo inteiro, recuou nos países da Europa, sobretudo depois do acidente de Chernobyl, onde a nuvem radioativa, além de fazer uma tragédia na região, ameaçou pairar sobre a Europa. No Brasil tivemos a dimensão do que seja com o simples fato de uma família de recicladores se encantar com um objeto luminoso em Goiânia, contaminando a si mesma e a região ao seu redor.
Temos ainda a experiência desastrosa das duas usinas atômicas de Angra dos Reis. Com muito custo, pouca utilização e ameaças constantes pela instabilidade da própria obra de engenharia, as usinas já serão desmontadas por esgotarem o prazo de validade de aproximadamente 40 anos. Os rejeitos, fruto do "descomissionamento” – desligamento, desmontagem e armazenamento -, continuarão radiativos por aproximadamente mil anos.
As águas subterrâneas de Caetité, Bahia, onde estão nossas jazidas de Urânio, estão contaminadas por radioatividade.
Agora o governo fala em construir pelo menos 50 usinas atômicas no Brasil, claro, começando pelo rio São Francisco. Certamente nosso Velho Chico é mesmo a lixeira do Brasil. O lugar ideal seria Belém do São Francisco, divisa do Submédio São Francisco com o Baixo, próximo às antigas cachoeiras de Paulo Afonso. O argumento é que ali existem poucas pessoas (sic!), que já existe uma rede de distribuição de energia instalada e, claro, tem as águas do São Francisco. Além do mais, está próximo do Raso da Catarina, uma região pouco habitada, onde só Lampião sabia viver, considerada ideal como depósito de rejeitos.
Particularmente sou favorável a construção de nucleares, desde que a primeira seja feita na Praça da Sé, São Paulo. A segunda na praia de Ipanema, Rio de Janeiro. E a terceira, evidentemente, na Praça dos Três Poderes, Brasília. Se ali for seguro, então é seguro para o resto do Brasil.
FONTE: ADITAL