sábado, 30 de janeiro de 2010

GILBERTO GIL DEFENDE FIM DA RIQUEZA DIGITAL NO BRASIL


Para Gilberto Gil, plano do Governo Federal precisa adotar caráter inclusivo

Em uma rápida visita à Campus Party Brasil na tarde desta quinta-feira (28/01), o músico e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil defendeu o fim do que chamou de 'riqueza digital' no Brasil.
Em mesa rendonda que discutiu o Plano Nacional de Banda Larga, proposto pelo governo federal, Gilberto Gil foi enfático ao afirmar que o Estado tem obrigação de formatar e orientar a implantação do programa de forma a 'desacumular' a riqueza digital no país.
A mesa foi composta por Franklin Coelho, coordenador do projeto Pirai Digital (programa que concedeu um notebook com conexão banda larga a cada estudante da rede municipal de Pirai do Sul, no Rio de Janeiro), Luiz Fernando Pezão, vice-governador do Rio de Janeiro, Célio Turino, da secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, Antônio Carlos Valente, presidente da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil) e Cláudio Prado, do Laboratório Brasileiro de Cultura Digital.
O programa do governo federal tem como objetivo universalizar o acesso rápido à web no país. Cálculos do Ministro das Comunicações, Hélio Costa, apontam que serão necessários cerca de R$ 10 bilhões em investimentos para a implantação do plano. Boa parte deste valor terá de ser aplicado em infraestrutura. Para o Ministro, é fundamental que sejam estabelecidas parcerias público-privadas (PPP) com operadoras de telefonia, que seriam responsáveis por oferecer às comunidades de baixa renda planos de acesso à internet com mensalidade de apenas R$ 9,90.
Antônio Carlos Valente, da Telebrasil, reforça o interesse das companhias de telecomunicações em participar do plano, mas informa que será necessário resolver antes questões como licenciamento para implantação de novos serviços, como TV a Cabo e redes WiMax. Outra questão envolve tributação. Segundo Valente, uma conta telefônica comum, da qual até 50% do valor total representam impostos, e dos populares modems 3G para notebooks, cuja carga tributária chegaria a 75%.
FONTE: http://tecnologia.br.msn.com/noticias/artigo.aspx?cp-documentid=23358036