Em vários pontos estratégicos de nossa cidade me deparo com a propaganda, em outdoor, de uma determinada concessionária de carros da Volkswagen que anuncia, em constante atualização, o número de veículos entregues aos consumidores (portanto, às ruas da capital!), desde o início do ano de 2009. Acreditem ou não, mas o número ostentado atualmente já passou de 5000 unidades! Reparem: Trata-se de apenas uma concessionária de uma marca de automóveis! Confesso que fico estarrecido, toda vez que passo na minha bicicleta por um outdoor desses, pensando no trânsito cada vez mais congestionado em nossas ruas e avenidas. Onde vai parar tamanha irracionalidade ?!?
Percebo, com crescente clareza, que o nosso atual padrão civilizatório é insustentável. Os níveis de consumo e de conforto das classes média e alta não devem mais ser apontados como metas desejáveis para o restante da população: já imaginou se todo brasileiro possuísse um automóvel ? Ou dois ?!? A necessidade planetária de reduzir a emissão de gases responsáveis pelo “efeito estufa” me faz ver que os incentivos fiscais do governo para facilitar a compra de um carro novo são nocivos e injustificáveis. A população não deve mais ser incentivada a comprar automóveis que a viciam no comodismo e a levam à obesidade. Precisa, ao contrário, ser incitada a se auto-mover – “pernas pra que te quero”? O “carro”-chefe (sic!) da economia de um país não deve mais ser a indústria automobilística; a nova “menina dos olhos” deve ser a fabricação de bicicletas em larga escala. Está passando da hora de declararmos o automóvel “inimigo público nº1” de nossas metrópoles, e o presente ideal, ao se completar 18 anos, é – doravante – uma bicicleta “zero-quilômetro”, para comemorar a maioridade mental. Sou favorável à proposta de fechar todo o centro comercial de Fortaleza ao trânsito de veículos de motor. Em pontos cruciais da “city” devem estar disponíveis bicicletas alugáveis com que os cidadãos podem encurtar as distâncias entre um destino e outro – como já acontece nas capitais européias. Redescubramos o prazer de nos locomover sobre duas pernas (ou duas rodas)! Viva o automobilismo humano!
Já pensou em deparar-se, num futuro próximo, com o anúncio de uma marca de bicicleta, em outdoor, de ter entregue ao consumidor, no decorrer de um ano, mais de 5000 unidades ? Já não seria o outdoor do terror, mas do alento! Fortalezense, adira ao ciclismo, já!!!
Percebo, com crescente clareza, que o nosso atual padrão civilizatório é insustentável. Os níveis de consumo e de conforto das classes média e alta não devem mais ser apontados como metas desejáveis para o restante da população: já imaginou se todo brasileiro possuísse um automóvel ? Ou dois ?!? A necessidade planetária de reduzir a emissão de gases responsáveis pelo “efeito estufa” me faz ver que os incentivos fiscais do governo para facilitar a compra de um carro novo são nocivos e injustificáveis. A população não deve mais ser incentivada a comprar automóveis que a viciam no comodismo e a levam à obesidade. Precisa, ao contrário, ser incitada a se auto-mover – “pernas pra que te quero”? O “carro”-chefe (sic!) da economia de um país não deve mais ser a indústria automobilística; a nova “menina dos olhos” deve ser a fabricação de bicicletas em larga escala. Está passando da hora de declararmos o automóvel “inimigo público nº1” de nossas metrópoles, e o presente ideal, ao se completar 18 anos, é – doravante – uma bicicleta “zero-quilômetro”, para comemorar a maioridade mental. Sou favorável à proposta de fechar todo o centro comercial de Fortaleza ao trânsito de veículos de motor. Em pontos cruciais da “city” devem estar disponíveis bicicletas alugáveis com que os cidadãos podem encurtar as distâncias entre um destino e outro – como já acontece nas capitais européias. Redescubramos o prazer de nos locomover sobre duas pernas (ou duas rodas)! Viva o automobilismo humano!
Já pensou em deparar-se, num futuro próximo, com o anúncio de uma marca de bicicleta, em outdoor, de ter entregue ao consumidor, no decorrer de um ano, mais de 5000 unidades ? Já não seria o outdoor do terror, mas do alento! Fortalezense, adira ao ciclismo, já!!!
Carlo Tursi
